Um coração incomensurável.
Pense num coração grande, imenso.
Nos ensina o budismo que ao colocarmos uma gota de veneno num copo d’água, ficamos impedidos de bebê-la. No entanto, se colocarmos a mesma gota no rio, ainda assim poderemos beber a água.
Assim deve ser o nosso coração, incomensurável, e assim suportar todo o veneno da vida. E o veneno não é necessariamente bom ou ruim, simplesmente é a realidade da vida, e temos que suportá-la com serenidade.
Quando conseguimos abraçar o sofrimento e conte-lo dentro do coração, é sinal de que o coração é grande o suficiente.
Ensinamento antigo:
Muitos ensinamentos antigos falam sobre a aceitação do sofrimento para deixa-lo ir, e é o mesmo conceito que aponta aqui, de abraçar para deixa-lo ir.
Nos parece ilógico de que devemos aceitar para dispensá-lo, abraça-lo para liberá-lo, mas é assim que funciona.
Assim escreve Cheri Huber no livro: When you’re falling, dive, acceptance, freedom and possibility – Quando estiver caindo, mergulhe – aceitação, liberdade e possibilidade.
Experimente um pequeno passo de cada vez com algum sofrimento, alguma angústia. Faça o exercício do coração, da aceitação e sinta a leveza te atingir. Perceba os grilhões se soltarem dos seus pés, te permitindo seguir adiante.
Aceitação:
A aceitação é a liberdade, e a possibilidade de seguir a sua jornada, a despeito dos sofrimentos e adversidades.
Um coração tão grande que consiga diluir todo o sofrimento e todas as emoções negativas que inevitavelmente sentimos, é tudo que queremos, e temos que exercitar com esse objetivo.
Pense no mal que vem para o bem, e que há uma razão para tudo que você tem enfrentado, e no final, o objetivo é bom e o sentido virtuoso.
A vida é isso, alegrias e tristezas, e a felicidade está na realização na jornada, com tudo que venha pelo caminho.
Aprender sempre, aproveitar as lições e dar graças por tudo que tem recebido, acho que é uma boa recomendação.
R.S. Beco
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