Rendição é uma palavra que não aprendemos a articular.
Desde criança, fomos ensinados que a vida é uma luta, e que nada vem de bandeja.
Por tudo que já vivemos, a palavra rendição soa fraqueza, desistência, submissão e derrota – enfim, nada do que queremos.
Povos lutaram pela liberdade e outros lutaram para não serem conquistados.
Sabemos ainda que passividade nunca levou ninguém a lugar algum.
Mas a rendição, no conceito filosófico tem a ver com a atitude de se render ao fluxo da vida. A atitude de não lutar contra algo que está fora da nossa capacidade.
Nos estressamos tentando mudar coisas que estão fora do nosso alcance.
Mudar as pessoas, mudar o passado, mudar o mundo – devemos nos render a isso tudo.
Especialmente quando estamos diante de um problema de grandes proporções é que mais precisamos da serenidade.
Os problemas pessoais e familiares se encaixam perfeitamente nessa categoria, pois nos atingem emocionalmente em cheio.
A rendição é a chave para a sobrevivência, é a chave para a serenidade.
Nunca é demais relembrar a oração da serenidade:
“Deus, concedei-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e serenidade para perceber a diferença.”
Beco