Não fique tão preocupado com a vida do seu vizinho
É um desperdício total de tempo cuidar da vida dos outros, negligenciando a própria vida.
Não julgue o cardápio do vizinho, não dê palpites gratuitos, não faça mexericos a respeito. No final, é ele que vai comer a comida. E no fundo, quando estamos preocupados com o cardápio do vizinho, estamos descuidando do nosso próprio. É como se estivéssemos comendo do pior, dando palpites no que o outro vai comer.
Dr. Robyn Silverman, especialista em educação de crianças e adolescentes comenta isso no artigo:
Quando crianças, ficamos sempre comparando o que recebemos com aquilo que o irmão recebeu.
Essa comparação que fazemos quando criança tem a ver com a sobrevivência. Estamos lutando pela comida, pela preservação.
Comparações:
-Mãe, o Pedro ganhou um pedaço maior que o meu.
-Pai, você deu 4 porções para o João e eu ganhei só 3.
Ao crescermos, é natural que essa percepção do mundo competitivo seja amenizada. Percebemos que não temos que lutar para ter um naco a mais de comida ou um milímetro a mais de território.
Mas a realidade é diferente. Esse ímpeto para comparar com quem está no nosso campo de visão é quase implacável.
Não é a toa que os fabricantes de automóveis usam incessantemente a figura do vizinho com carro novo para te convencer a comprar um também.
Recentemente visitei a granja de minha irmã, e verifiquei os resultados do experimento que conduziram, dando um espaço enorme para algumas galinhas correrem e ciscarem.
A idéia era verificar se o nível de estresse se refletiria na postura de ovos.
O resultado inusitado, é que o estresse das galinhas aquinhoadas com mais espaço não se alterou, mas o estresse das galinhas vizinhas que não receberam o benefício aumentou, e com isso houve redução na produção de ovos.
Vejam que a comparação é algo ancestral, e por esse motivo, demanda uma energia enorme e uma disposição para amenizar isso em nós mesmos.
Algumas dicas:
1-Você só acha que tem pouco quando compara com a porção que os outros ganharam. Procure não comparar.
2-Seja grato pelo que tem e pelo que recebeu.
3-Gaste o seu tempo em algo que te engrandeça, deixando menos tempo para comparações fúteis.
4-Relacione suas virtudes, e sinta-se mais confiante com a sua busca pessoal.
5-Estabeleça suas metas, dedicando assim menos atenção às metas de outrem.
Rubens Sakay (Beco)
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