Quero ser feliz.
Todos querem a felicidade.
O que traz a felicidade?
Relacionamentos? Conforto financeiro?
Onde está a felicidade? Está dentro de cada um?
Eu me fiz estas perguntas um cem número de vezes. Vasculhei a literatura para entender a minha busca pessoal pela felicidade.
Este blog é um relato do que encontrei até o momento, e o que fez sentido para mim.
Aprendi que a felicidade autêntica está dentro de cada um.
A busca pela felicidade e pelo bem-estar será mais produtiva na medida em que compreendemos a nós mesmo e nos voltamos mais para nós e menos para os outros.
A ciência, a psicologia, a medicina e a neurociência apresentam um repertório enorme de descobertas que apontam para a existência de fortes ingredientes espirituais na receita da felicidade.
Algumas obras de renomados religiosos contemporâneos me permitiram a reflexão da busca pela felicidade pelo cidadão comum.
Como lida o indivíduo comum com a receita da felicidade estando ele, imerso numa sociedade consumista, superficial e hostil ao desenvolvimento espiritual?
Como convive o indivíduo com as questões do cotidiano: emprego, salário, família, poupança, crise, inveja, ciúme, rancor, aparência, moda, doença, sofrimento e morte e ainda assim processar tudo para obter um resultado feliz e duradouro?
Encontrei iluminação tanto nas palavras de Thomas Merton, um religioso ocidental, quanto em Matthieu Ricard, um monge budista.
Ricard tem para mim, uma virtude excepcional, que é dialogar com facilidade com as realidades do mundo moderno, onde vive o leitor comum. Ele, originariamente um homem da ciência – PhD em Biologia- há mais de três décadas se dedica ao budismo, e tem sido o interlocutor ideal entre a ciência, a sociedade moderna e as questões espirituais.
Interessantíssimo foi descobrir o quanto são irracionais as nossas decisões e julgamentos, ensinamentos tão bem ilustrados na obra de Jonathan Haidt – Uma Vida Que Vale a Pena, e também na obra de Dan Ariely – Previsivelmente Irracionais.
Em que medida as coisas materiais influi no nosso bem-estar e o seu peso na receita da felicidade foi uma questão bem elucidada nas obras de Martin Seligman e Sonja Lyubomirsky, onde aprendi como opera a adaptação hedônica, e porque tais ingredientes não trazem uma sensação duradoura.
Um fundamento importante para que cada um consiga sucesso na busca pessoal pelo bem-estar é o FLUXO, desenvolvido por Mihaly Csikzentmihalyi.
Explica o Prof. Csikzentmihalyi que as pessoas são diferentes e por isso mesmo encontramos pessoas felizes e infelizes fazendo as mesmíssimas coisas.
Nas mesmas condições, algumas ficam tão tranqüilas e entretidas que não vêm o tempo passar enquanto que outras estão completamente entediadas, descontentes e infelizes.
Csikzentmihalyi explica muito bem essa psicologia do envolvimento do indivíduo com as coisas cotidianas e a influência na felicidade e no bem-estar.
Algumas coisas que aprendi são dicas simples para melhorar o bem-estar enquanto que outras se mostraram valiosas recomendações para a minha busca pela felicidade autêntica.
Escrever diariamente no Blog, reler as lições que aprendi e passar adiante são atividades que constam do meu receituário da felicidade.
Sucesso a todos na sua busca pessoal.
Beco
PS: Deixo ainda como mensagem inicial a conhecida “Oração da serenidade”, proferida em sermão por Reinhold Niebuhr em 1934 e que desde então tem ajudado muita gente.
“Deus, concedei-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar, coragem para modificar aquelas que eu posso, e sabedoria para perceber a diferença”.