As folhas secas do jatobá
Tenho por hábito fazer uma longa caminhada pela manhã. É a ocasião em que pratico o que aprendi com o monge budista Thich Nhat Hanh, o walking meditation. Isso consiste em utilizar os recursos da meditação simplesmente ao caminhar.
Me concentro na própria caminhada, nas minhas passadas, na minha respiração e em todas as sensações físicas que aparecem enquanto caminho. Inclui o cansaço, a batida forte do coração, o frio da brisa matinal.
Procuro ao máximo separar essa experiência espiritual com aquela contextual. Evito prestar atenção nos carros que trafegam ou mesmo nas pessoas que fazem o mesmo trajeto.