Olhe como quem olha pela primeira vez.
Sinta a curiosidade, e espanto, o encantamento.
Você já fez isso muitas vezes, mas você tinha apenas 3 anos de idade.
Desperte a curiosidade da criança dentro de você.
Goste das coisas mais singelas e inocentes.
Quando crianças, cada dia era uma aventura nova, uma descoberta atrás da outra, uma coisa nova em cada esquina.
Costumávamos fazer brincadeiras interpretando as formas das nuvens, e o amor era encontrado facilmente nos braços da mãe.
Mas crescemos, e para alguns, o mundo e a vida perderam esse encanto inesperado.
Mas a maturidade tem também o dom de nos trazer essa inocência, essa visão mais curta da realidade, o que pode melhorar a nossa capacidade de ser feliz agora, neste exato momento.
Podemos também olhar para os dramas da vida com mais serenidade, com mais, digamos, sabedoria.
A inocência não tem nada de inocente. A ignorância representa também, um certo distanciamento emocional daquilo que não nos cabe, do que está além do nosso alcance.
Não sei se é avançar no tempo, ou retroceder no tempo, mas apreciar a singularidade da nossa realidade, conservando o essencial, aquilo que realmente agrega valor.
A felicidade é continuar a amar aquilo que amávamos quando criança, e vale à pena reviver esse sentimento.
O grande homem é aquele que não perdeu a sua pequena criança dentro de si. É portanto, a capacidade de crescer sem tornar obsoleto a criança que fomos um dia.
Criança faz cada pergunta, dizemos nos quando convivemos com elas. É porque as perguntas são simplesmente fantásticas.
Onde é que perdemos essa capacidade de fazer tais perguntas?
Temos que experimentar o olhar de criança, sem ser acusado de ser infantil, e especialmente viver com o entusiasmo de quem vê pela primeira vez.
Beco