Não fique entretido com a desgraça alheia
Quem cuida muito da vida alheia deixa a própria vida à deriva. Por esse motivo, não fique tão entretido com a desgraça que acontece com os outros.
O sentimento adequado é a compaixão, sentir você mesmo o sofrimento dos outros, sem comparações, mas sentindo você mesmo, uma urgência para fazer alguma coisa para que este sofrimento cesse.
Não fique ruminando e comentando com os outros as desgraças que acontecem com os outros.
Quem se alimenta desse tipo de conversa, encontra assunto a todo o momento, mas vai ficar sempre com um gosto fúnebre na boca, e vai levar uma vida amarga.
A desgraça alheia:
Me marcou um filme brasileiro – Chuvas de Verão – no qual um velhinho ficava com o seu caderninho ligando para os amigos para saber quem morreu. A vida dele era saber da morte dos outros.
Não devemos viver no cemitério, estando ainda vivos.
Não devemos condicionar o nosso sucesso ao insucesso dos outros.
O meu carro é bonito porque o do vizinho é feio.
Vamos fazer nossa morada onde há vida, onde reinam as realizações e a felicidade.
Existe uma diferença básica entre amar e odiar.
Quando amamos, nos alegramos com as realizações das pessoas.
Quando odiamos, nos alegramos com as desgraças das pessoas.
O negativo se liga no negativo e potencializa a infelicidade.
A comparação constante com os outros também conduz ao mesmo clima de desgraça, e está associada à baixa autoestima.
A falta de confiança em si mesmo também leva ao mesmo caminho.
O sentimento de que a outra pessoa não merece o que está recebendo, também é sinal de baixa autoestima, falta de confiança e comparação constante com os outros.
Tudo isso junto é um saco de roupa suja que precisa ser lavada.
Deixe a sujeira ir embora pelo ralo.
Faça uma limpeza e aprecie o aroma da bondade, da grandeza e da generosidade.
Rubens Sakay (Beco)
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