Encare a competição de maneira saudável
Encare a competição de maneira saudável, pois segundo Po Bronson, quem não aprende a perder não está preparado para ganhar. Temos que aprender a competir melhor, desenvolver uma atitude de ganhador.
Veja os animais que crescem competindo incessantemente.
Competem pelo carinho da mãe, competem pela comida, pelo espaço.
Parece tudo uma brincadeira, e isso os fortalece para a vida real.
Competição saudável e positiva:
Quando crescemos numa sociedade saudável, a competição adquire aspectos positivos de muitas maneiras.
Mas a competição pode se tornar um caso patológico.
Quando competimos com o vizinho pelo carro do ano.
Competimos com o cunhado pelo melhor salário.
Competimos com a sogra pela melhor receita de torta.
Afinal, onde queremos chegar?
O que estamos querendo provar?
A quem estamos querendo enganar?
Os outros como inimigos:
Quando identificamos os outros como inimigos, opositores numa contenda sem fim, estamos também nos condenando.
Quando os pensamentos que vêm em relação aos outros não te inspira, não te motiva – traz emoções negativas.
Quando os desejos são mais de mal em relação aos outros do que de bem para si próprio. Aí, a competição se tornou uma barreira ao crescimento pessoal.
Competir com honestidade, generosidade, com cordialidade para com os outros e gentileza com si próprio.
Ter aspirações, reconhecer suas qualidades e suas potencialidades.
Colocar tudo que tem de capacidade para realizar as coisas que quer realizar.
Quando nos estimulamos a dar um pouquinho mais do que faríamos sem competição.
Educação para a competição:
Os autores Po Bronson e Ashely Merryman abordam a questão da competição saudável entre as crianças e tecem considerações sobre a educação e o crescimento. O seu livro Top Dog: The Science of Winning and Losing trata desse assunto. Este livro ainda não foi traduzido para o português, mas outros da mesma dupla “Os 10 erros mais comuns na educação de crianças” “Filhos: novas ideias sobre educação” já estão disponíveis no nosso idioma.
Competições finitas:
Bronson reforça a ideia das competições finitas no ambiente da educação, jogos que começam e terminam e culminam com algum ensinamento produtivo para as crianças.
Competições de xadrez e matemática são excelentes para cultivar a alta performance. São competições que começam, terminam e dão tempo para as crianças se recuperarem da pressão e do estresse.
O benefício não é exatamente em ganhar a competição, do contrário, estaríamos gastando uma energia enorme para beneficiar um ganhador. Todos aqueles que se empenham de verdade na competição, independentemente da sua colocação final, são beneficiados com a aprendizagem, com o seu treinamento para o mundo real.
O impulso que a criança impõe a si mesma durante um período finito é o maior benefício. A criança aprende a conhecer a si mesmo e como um dia ruim é compensado por um dia melhor, e como o seu esforço, determinação e constância de propósito podem recompensar lá no final da maratona.
O medo de perder:
O medo de perder não deve limitar qualquer pessoa de assumir riscos na vida – isso pode nos imobilizar.
O que as crianças devem aprender é que perder não é grande coisa, afinal, a maioria esmagadora das crianças perderão.
O importante é preservar em cada um, em nós mesmos esse sentimento de que você tem uma chance, e essa chance está profundamente associada ao seu empenho. Diferente da atitude do perdedor, aquele que coloca o seu olhar na chance de perder, que certamente é maior, e esse olhar já o coloca em condição de perder a competição.
É importante competir, buscando a própria superação.
Competir quando isso te encoraja a desafiar os seus próprios limites.
Expandir seus limites um pouquinho além.
Rubens Sakay (Beco)
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